Leialti minimalista.

sábado, 28 de junho de 2008

3 colheres de amor no meu café.

Como compreender a cultura da micareta? Sinceramente, a parte mais prazerosa do gostar-de-alguém-do-jeito-assim-assim-de-gostar-de-alguém é o processo, a caminhada, os planos infalíveis que sempre dão errado, os textos eloqüentes que não são assim tão eloqüentes quando se gagueja a primeira frase e muda-se de assunto na segunda. Agora, onde já se viu diversão em: hum, aquela menina é gostsmack! Não deu nem tempo de pensar a respeito da garota, de imaginar que ela nunca tropeça, nunca perde a paciência e nunca faz o número dois. E os playssons ainda contam vantagem em cima das QUA-REN-TA-E-NO-VE mulheres que eles pegaram em U-MA noite. U-MA! Bah, é muito mais interessante contar vantagem em cima dos 30 anos em que você dissolveu o açúcar no café batendo a colher no copo, isso mesmo, no copo, e fazendo aquele barulho que a sua mulher detesta, três vezes ao dia. Você sempre gostou de apenas uma colher, mas coloca três. E ela ficou com você durante 30 anos. E o melhor: faltam umas duas horas para ela ouvir o barulho de novo.

Atenção queridos leitores: não aconselho que coloquem sazon no café.

p.s: não parem de ler nem me batam por causa da piada acima.

Felicidade[?] congelada.

E pensar que um dia criticamos as pessoas que tatuavam o nome de seus namorados em suas pernas, braços e seios. A ridicularidade que é ter que fazer uma cirurgia a laser para retirar cada letra que queima na pele. Queria eu que queimassem todos aqueles álbuns de retratos, todas aquelas fotografias em que eu não pareço estar assim tão só. Não me leve a mal, querida, eu daria toda essa insignificância que nós temos por existência, todo o espaço-tempo, para viver todos aqueles momentos só uma vez, assim não transformaria o seu sorriso nessas lágrimas que escorrem no meu rosto e borram a sua maquiagem. Daria tudo para viver cada momento só uma vez, e o seu sorriso nunca seria um sorriso de deboche. E dessa dor, amor, não me desfaço, porque tenho medo de só me ter assim tão só, tenho medo de nunca te ter mais nos meus braços.


Versão versada [original]

Não tenho seu nome tatuado no meu corpo
Mas cicatrizes, amor, você me deixou
Num álbum de retratos,
Fotografias em que eu não pareço estar assim tão só

E eu daria todo o espaço-tempo
Para viver cada momento só uma vez
Pra não transformar o seu sorriso
Numa lágrima que escorre no meu rosto

Dessa dor, amor, não me desfaço
Que eu tenho medo de só me ter assim tão só
Tenho medo de nunca te ter mais nos meus braços.

domingo, 22 de junho de 2008

Em caso de incêndio, as portas laterais se fecharam para as pessoas feias e elas vão queimar. :D

Aeroportos são lugares legais, se você for uma pessoa normal. Não, não é porque as pessoas se despedem às lágrimas ou se reencontram calorasamente... é pelo simples fato de ter um índice assustadoramente maior de pessoas bonitas. Obviamente, os aeroportos não são tão legais para as pessoas que não concordam com o padrão comum de beleza. Não vou dar uma de eco e tentar definir a beleza, como muita gente vem fazendo por aí (e não foi uma indireta, não conheço o trabalho do sujeito tal, mas dizem por aí que é bom). Estou me referindo às mulheres que os homens chamam de gostosa, quando elas se retiram da rodinha, aposento, mesa ou qualquer outro lugar, na verdade, às vezes chamam mesmo quando elas estão lá ainda... também estou me referindo aos homens que as mulheres dizem sabe-se lá o que, quando eles saem do recinto. Mesmo que eu seja um dos que não vê tanta graça nessa beleza comum, foi divertido chegar a algumas conclusões.

Pessoas pobres não andam de avião e pessoas bonitas não andam de ônibus, logo pessoas pobres não são bonitas (é óbvio, existem algumas exceções). Entretanto, é inevitável que ocasionalmente nasçam pessoas pobres dentro dos padrões comuns, e aclamados pela grande massa, de beleza. É de se esperar que o índice de nascimento de pessoas com esse perfil seja maior do que o número de pessoas bonitas que se vê nos ônibus. Então as pessoas pobres e dentro dos padrões novela das 8 de beleza tem uma chance maior de subir um degrau na classe social e estacionar na classe média, que não é assim tão boa, mas já é alguma coisa. O divertido mesmo é pensar quais são os tipos de oportunidades que essas pessoas recebem a mais.

Essas oportunidades podem ser o vagabundo do cursinho que se esforçou para explicar à garota uma matéria que ela estava com dificuldade de assimilar, não por ser uma pessoa de extremo bom caráter, mas por achar os peitos dela sensacionais e que, graças a isso, garantiu a ela alguns pontos no vestibular; O rapaz que ganhou um emprego na empresa do sogrão, que, embora achasse o rapaz um completo incopetente, não queria a filha casada com um zé-ruela (haha); A garota que se esforçou para aprender a dançar forró para pegar um gatinho (que não ficaria com ela, caso ela fosse feia e soubesse dançar) e acabou virando professora de dança de salão. O menino que não tomou bomba, porque perderia a namoradinha (que também não ficaria com ele, caso ele soubesse passar de ano e fosse feio) e se esforçou mais para passar de ano, durante vários anos.

Eu, particularmente, acho que as pessoas seriam mais bonitas se parassem de fazer chapinha. Não garanto que teriam chances maiores de subir na vida... mas que elas teriam chances maiores comigo, elas teriam.

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