Leialti minimalista.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Deus, o maior ditador de todos os tempos.

Não há nenhum exemplo maior de anti-democracia do que as doutrinas religiosas, neste mundo, e se há algum exemplo maior em qualquer outro mundo, eu espero, para o bem de seus habitantes, que sejam governados por um ditador mais ativo. O cargo mais alto em uma doutrina religiosa é o de deus, e para chegar lá você precisa preencher pelo menos um dos seguintes requisitos: onipotência, onisciência ou onipresença, você também deve ser arrogante, isto é, não aceitar questionamento do seu poder e intervir a favor dos que não o questionam, se você conseguir convencê-los de que eles só precisam ter fé, tanto quanto melhor. Você deve recompensar aqueles que lhe oferecem sacrifícios, estabelecidos a seu gosto, alguns exemplos conhecidos são: sacrifício de animais, dos filhos, do dinheiro (costuma receber o nome de dízimo, é o mais popular atualmente) e da alma (menos popular atualmente, a maior parte das pessoas já trocou a alma por outra coisa, comumente dinheiro) ou todos ao mesmo tempo, não há restrições. Tampouco há restrições quanto ao seu caráter, você pode ser tanto o senhor da luz, das flores rosas, dos coelhos e dessas coisas bonitinhas, quanto pode ser o senhor do assassínio precedido e prosseguido por estupro, o que o tornaria, automaticamente, senhor da necrofilia. O caso mais famoso de deus é o do próprio Deus que conseguiu preencher todos os requisitos, conquistando, assim, muitos súditos por todo o mundo, usando identidades e métodos diferentes. Deus os condicinou tão bem que mesmo estando fora da ativa por milênios, continua recebendo sacrifícios e novos seguidores, além de infiltrar costumes nas sociedades, principalmente o da ausência de questionamento. É claro, nem tudo são flores, há muitos aproveitadores, dessa ausência de questionamento, emissoras de TV, supostos humanos que se passam por meio de comunicação da palavra de Deus e políticos são os principais. Eles vêm impondo tantos valores que talvez já se achem ocupando cadeiras sagradas. Talvez as pessoas já achem que eles ocupam cadeiras sagradas.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Relacionamento bobão!

E por mais que eu tente, a lógica dos relacionamentos amorosos não faz o menor sentido para mim. Restrições, exigências, definições e afins se contradizem tão intesamente que os namoros mais parecem prostituição, com dia de pagamento marcado no calendário, 12 de junho*. Todo 12 de junho as putas e michês, disfarçados de namorados, retribuem seus respectivos michês e putas com dinheiro disfarçado de urso-de-pelúcia, camiseta-da-moda, jantaremrestaurantecarofutilidadEfalsidade. É claro, nenhum desses michês e putas são amigos, porque amigos não namoram entre si, para que a amizade, a grande amizade, não acabe por uma tentativa frustrada de conexão física, uma brochada ou um par de peitos flácidos. O amor é refém do relacionamento sério, e a troca de olhares acompanhada de um sorriso escondido no canto da boca com a mulher na mesa ao lado é motivo mais do que suficiente para o amor morrer. Desconhecidos se unem, desconhecidos se prostituem, desconhecidos prendem seu amor, desconhecidos matam seu amor, desconhecidos matam seus amores, desconhecidos se matam. Errado é cultivar o amor livre, errado é amar alguém que pode te procurar apenas por um abraço ou para te contar aquela piada horrorosa. Livre-amoRelaciomento-aberto, relacionamento bobo, relacionamento idiota.


* Precisei fazer uma pesquisa na Wikipédia para incluir a data no texto.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Planos para o final de semana.

Perguntaram-me s eu tenho planos para o final de semana. Claro que eu tenho, o mesmo de todos os finais de semana: tentar conquistar o mundo. Eu não entendi o espanto que sucedeu a resposta, ora, não é o que fazemos o tempo todo? Em primeiro lugar, o mundo é apenas a percepção que temos dele, portanto, cada um tem o seu próprio mundinho. Mesmo que duas ou mais pessoas possam compartilhar a sensação agradável de uma visão, não a vêem com os mesmos olhos; um som desagradável não é ouvido por todos pelos mesmos ouvidos. A partir do momento que os sentidos são agradados, conquista-se o mundo. Eu venho tentando, quando visto uma roupa, quero que seja bonita, mesmo que achem macacão coisa de caipira e saia coisa de travesti; quando ouço uma música, quero que seja agradável, mesmo que achem new metal coisa de adolescente norte-americano problemático; quando como algo, quero que seja gostoso, mesmo que achem que molho shoyu deve temperar a carne e não a comida toda. Quando digo algo, quero usar argumentos plausíveis, mesmo que não concordem com eles. No final de semana que vem farei a mesma coisa de sempre: tentarei conquistar o mundo, mas isso não significa que vou sair com um amigo mais alto, com um nariz maior e mais rosa e mais idiota.

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